Em 2018, 60,9% das pessoas com um um salário mensal inferior a 4.000 francos por um emprego a tempo inteiro eram mulheres. Em contrapartida, os homens estavam predominantemente no topo da pirâmide salarial, representando 81,2% dos empregados que ganhavam mais de 16.000 francos por mês. Entre 2014 e 2018, a desigualdade salarial entre mulheres e homens aumentou ligeiramente (sector privado e público) de 18,1% em 2014 para 19,0% em 2018. Destas diferenças salariais, 45,4% permanecem inexplicadas, de acordo com o Departemento Federal de Estatísticas (DFE).
Em média, as mulheres receberam 19% menos que os homens no mesmo emprego em 2018, em comparação com uma discrepância de 18,1% em 2014. Os últimos números do Departamento Federal de Estatísticas (DFE) cobrem um período de intenso debate público e político sobre o assunto, que culminou em uma nova lei em dezembro de 2018. Empresas com mais de 100 funcionários agora têm que realizar auditorias salariais de gênero regularmente e informar os funcionários e acionistas sobre os resultados.
A diferença salarial de gênero permaneceu praticamente a mesma para o setor privado como um todo, mas com diferenças significativas entre setores individuais. As mulheres foram remuneradas consideravelmente menos do que os homens em empregos bancários e de seguros, em comparação com a indústria hoteleira. Em empregos governamentais e de autoridades locais, a diferença aumentou de 16,6% para 18,1% entre 2014 e 2018.
Os números do DFE, divulgados na segunda-feira, também mostram que as justificativas para as discrepâncias salariais estão cada vez mais furadas. Parte da lacuna pode ser explicada pelas diferenças de idade, experiência profissional e qualificações educacionais. Mas a porcentagem de casos “inexplicáveis” subiu de 42,4% em 2014 para 45,4% em 2018.