O Ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu, esta terça-feira, que a decisão da Suíça “é uma dificuldade” para os emigrantes portugueses que queiram vir passar o Natal a Portugal. Augusto Santos Silva, em declarações à rádio TSF, sublinhou no entanto que compreende a decisão.

“Quando impomos uma quarentena de 10 dias à entrada não estamos propriamente a incentivar a mobilidade, mas nós próprios já fizemos isso em relação a outros países”, salientou o responsável político, para quem os diferentes países estão a tentar tomar medidas “provisórias e muitas delas drásticas” para comprar tempo de modo a perceber as consequências que possam advir da nova variante Ómicron.

“Vamos esperar que as nossas autoridades científicas e médicas nos deem informações mais precisas nos próximos dias para que as medidas possam ser ajustadas”, adiantou. Augusto Santos Silva espera ainda que as medidas que venham a ser tomadas surjam “a tempo de não prejudicar o Natal das pessoas”.

A medida, tomada pelo Ministério suíço da Saúde (OFSP/BAG), em colocar Portugal na lista de países de risco entrou em vigor à meia-noite desta terça-feira e estão também incluídos na lista o Japão, a Nigéria e o Canadá. Para entrar na Suíça será necessário, a partir de agora, apresentar um teste PCR ou antigénio negativo e fazer uma quarentena de 10 dias, mesmo que esteja vacinado ou já recuperado da doença.