Enfermeiro de formação, pai de família viciado no jogo é condenado a cinco anos de prisão por assaltos a idosas na Suíça.

Um português de cerca de 40 anos, pai de família, apresentou-se perante o Tribunal da Gruyère, na Suíça, visivelmente arrependido. O arguido foi julgado por vários crimes, sendo o mais grave cometido em 2015. Nessa noite, encapuzado, dirigiu-se à casa de uma mulher idosa com a intenção de a assaltar.

Segundo o processo, o homem ameaçou a vítima com uma faca encostada ao pescoço, imobilizando-a com fita adesiva e uma trela para cães. Após lhe roubar vários bens de valor, deixou-a amarrada no chão. A idosa permaneceu nessa situação durante toda a noite, sendo descoberta apenas no dia seguinte por um funcionário de uma empresa de mudanças, que ouviu os seus gritos e a libertou.

De forma particularmente cínica, o assaltante sabia que a vítima estaria sozinha em casa: durante o dia trabalhava como enfermeiro e cuidava do marido da idosa, que se encontrava hospitalizado na altura.

Viciado no jogo e à procura de dinheiro para alimentar esse vício, o arguido voltou a atacar, sempre encapuzado, duas outras mulheres idosas — uma em sua própria casa, a outra na via pública. Cometeu ainda furtos em diversos estaleiros de construção.

O homem reconheceu os factos e beneficiou de um processo simplificado, segundo noticiou o jornal La Liberté. Foi condenado a cinco anos de prisão e à expulsão da Suíça por um período de dez anos. Ficou ainda obrigado a continuar a terapia contra o vício em jogo, iniciada durante a sua detenção, onde já se encontra há cerca de dois anos.

Durante a audiência, mostrou arrependimento: “Tinha um problema que poderia ter sido resolvido mais cedo. Nada disto teria acontecido se me tivesse apercebido de que precisava de ajuda.”

A primeira vítima viria a falecer há dois anos, sem nunca conhecer o desfecho judicial do caso.