Por três vezes, um jovem português de 22 anos, residente no cantão de Fribourg, na Suíça, tentou, sem sucesso, passar no exame teórico da carta de condução. Em todas essas tentativas falhou por apenas um ponto. Cansado de reprovar por tão pouco, decidiu pedir ajuda ao primo, de 19 anos, que já tinha carta de condução há um ano, para se fazer passar por ele na prova.

Em Novembro, o primo apresentou-se no exame com o cartão de cidadão do mais velho. No entanto, também ele chumbou. Persistentes, os dois primos tentaram novamente em Dezembro. Desta vez, o primo conseguiu os pontos necessários para passar. Contudo, o OCN (Ofício Cantonal de Veículos) procedeu à verificação da identidade e descobriu o embuste. Confrontado, o jovem acabou por confessar que não era quem afirmava ser.

Ouvidos pelo Ministério Público de Fribourg, os dois primos admitiram os factos. Garantiram que a fraude não teve qualquer motivação financeira e que a intenção foi apenas “ajudar”. Mesmo assim, um foi condenado por falsificação de documentos e o outro por instigação à falsificação. Ambos foram punidos com 30 dias de multa, com pena suspensa, e uma coima de 300 francos suíços cada.