Na terça-feira, dia 25 de agosto, foi realizada uma operação de grande escala, contra uma organização criminosa mundial. Esta mega-operação ocorreu em 19 países, incluindo a Suíça, sendo efetuadas várias detenções.

Em resposta a um pedido de assistência jurídica mútua dos Estados Unidos, o Gabinete Federal de Justiça, delegou o caso de hacking ao Ministério Público Central em Renens (VD). Uma vez, que o servidor em causa se encontra localizado no território de Vaud, a polícia de segurança daquele cantão foi mandatada para investigar.

Graças a um subterfúgio, estes cibercriminosos conseguiram obter cópias legais de filmes, programas de televisão e outro material, conseguindo igualmente, decifrar os dispositivos de proteção dos direitos de autor.

Fizeram cópias ilegais destes conteúdos e distribuindo-os através de streaming, peer-to-peer ou outros canais, muitas vezes antes do seu lançamento comercial oficial. Esta atividade, que durou desde 2011, causou perdas colossais, particularmente para a indústria cinematográfica. Num comunicado de imprensa, o sistema de justiça americano fala de uma perda que ascende a dezenas de milhões de dólares.

Três detenções, um suspeito à solta

A operação de terça-feira resultou em buscas, que levaram à destruição de aproximadamente 60 servidores nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Além disso, vários membros da organização, conhecidos como Sparks Group, foram presos.
Entre eles está um português de 38 anos que vive no cantão de Genebra. De Segundo a polícia do Cantão de Vaud, foi aberta uma investigação para determinar o envolvimento deste suspeito nesta organização criminosa e a extensão da partilha de conteúdos protegidos pela lei de direitos de autor.

Outro suspeito foi detido em Chipre e outro nos Estados Unidos. De acordo com a declaração do sistema judicial americano, um terceiro pirata ainda se encontra em liberdade. A Europol e a Eurojust, que estão envolvidas juntamente com o sistema judicial americano, ficaram muito satisfeitas com o sucesso desta colaboração.

“Este caso é um excelente exemplo do que pode ser alcançado se trabalharmos juntos através de fronteiras e continentes”, comentou o Presidente da Eurojust, Ladislav Hamran, num comunicado.