O jihadista turco-suíço, que foi condenado a 20 anos de prisão por matar um emigrante português num restaurante de “kebab” em Morges (VD) em 2020, era conhecido dos serviços de polícia de Vaud. As autoridades cantonais tinham alertado a Confederação. O simpatizante do Estado Islâmico já tinha sido notícia em Abril de 2019, quando tentou incendiar uma bomba de gasolina em Prilly (VD). A tentativa falhou e ele foi detido no dia seguinte. O jovem de 20 anos passou então 15 meses em prisão preventiva. Foi libertado em Julho de 2020, dois meses antes de cometer o ato terrorista.
A libertação do homem de Vaud tinha sido ordenada pelo Tribunal de Medidas Obrigatórias do cantão de Berna, a pedido do procurador federal responsável pelo caso. O procurador responsável pelo caso tinha confiado em particular numa avaliação psiquiátrica do 19 de Novembro de 2019. Após a sua libertação, o homem foi obrigado a apresentar-se à polícia uma vez por semana. O jihadista só se apresentava na metade das vezes. Além disso, o testamento encontrado na quarto ocupada pelo homem da Fundação na qual ele tinha sido colocado perturbaram as autoridades cantonais. Ao ponto de as autoridades do cantão de Vaud terem notificado o Ministério Público da Confederação sobre o perigo potencial representado pelo jihadista. Isto não foi suficiente para deter o turco-suíço, como revelou uma investigação da RTS.
O advogado da vítima anunciou que “a família está a ponderar a possibilidade de intentar uma acção de responsabilidade contra o Estado suíço, tendo em conta as várias falhas que foram constatadas neste caso”.
