Daniela Pinto tem 28 anos e é emigrante na Suíça. A Daniela foi vítima de um acidente de trabalho em março do ano passado. Caiu numa escada, só parou 14 degraus mais abaixo. Ficou com mazelas nas pernas, braços e coluna vertebral. Foi operada à coluna, ainda não conseguiu recuperar de forma a voltar a procurar trabalho.

Ao fim de alguns meses de tratamentos e desemprego, a Suva decidiu transformar o acidente de trabalho da Daniela em doença e, assim, deixar de pagar. A emigrante escreveu uma reclamação à Suva no dia 7 de outubro de 2021.

Até hoje, o caso não avançou. Cansada de esperar e já sem paciência nem compreensão, Daniela iniciou uma greve de fome à porta da Suva. A emigrante esteve pelo menos quatro dias na rua, ao frio. A portuguesa esteve acompanhada por outros portugueses, alguns consideram-se igualmente vítimas do sistema liberal suíço de assistência social.

Contudo, a Daniela desistiu da greve de fome e de permanecer na rua em protesto contra a discriminação de que se diz vítima por parte da seguradora suíça Suva. O caso da Daniela tem sido partilhado na página Facebook “Vidas Destroçadas”.